Os Monges

Os Monges

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Direção e encenação

A encenação foi processada através de inúmeras improvisações, onde a relação ator/diretor se fez pela ação dialógica à procura das soluções mais expressivas para cada segmento do texto e do corpo. Foi tomando forma e significado por meio de "esboços" sucessivos mobilazando-se as "ações físicas" nela subjacentes. Esse procedimento instaura uma atividade crítica/criativa por parte dos atores. O envolvimento do espectador com o ator desperta, efetivamente, em ambos, o interesse e o prazer pelo teatro. Então, é fundamental voltar às origens do teatro!!! O ator, observando a participação do espectador, conduz o encontro para um forte momento de comunhão sensível entre eles, facilitando-lhes a liberação de suas emoções e criando um espaço de aprofundamento dos seus conhecimentos.

Os atores passaram por diversos estágios durante o processo de montagem: reconhecimento do grupo, aulas de dança, treinamentos físicos e vocais específicos, análise de filmes, fotografias, exposições de arte e pinturas, improvisações constantes, concepção e preenchimento do espaço cênico, criação das indumentárias, sempre valorizando a autonomia, a individualidade, a ética e o profissionalismo.

Os atores dividiram-se em equipes no processo de montagem. Cada grupo ficou responsável por um dos seguintes itens: Cenografia, Indumentária e Adereços, Produção Executiva.

Encenar “Os Monges em Noite de Sarau” é questionar e realçar a importância das artes, aqui em específico a arte cênica introduzindo a poesia e a dança, como fator de provocação para um maior engajamento da sociedade com o mundo artístico.

O processo de montagem não foi um processo fácil, principalmente porque o elenco tem experiências muito diversificadas. As cenas de massa – foram coreografadas.

Até que as marcações estivessem precisas e limpas inúmeros ensaios foram realizados com o objetivo de fazer com que os atores brincassem mais, para que a peça adquirisse uma maior fluidez.

Apropriamo-nos com muita desenvoltura do espaço que o teatro oferece, o que fará com que as cenas estabelesçam um diálogo não agressivo com o público.

A força da libido também está presente nas falas, nas marcações e nas coreografias.

A solução de falar a letra da música e do canto ser coral evita o risco de desafinação, ao mesmo tempo que cria uma outra forma de musicalidade.

O figurino foi preparado de modo que parecesse natural e não correto e novo, o que poderia criar uma artificialidade que queríamos evitar.

A iluminação, bem operada, utiliza-se ora de cores fortes para criar climas e ambientes, ora de uma luz mais suave para as cenas mais lúdicas. Houve uma atenção especial para que as transições fossem feitas com a maior sutileza possível.

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